O processo de migração AM-FM tem andado onde há espaço na chamada faixa convencional do FM, sendo aquela que vai de 88.1 até 107.9 FM. O ano de 2020, começa com 661 emissoras migrando do AM para o FM que possuem sua área de cobertura em FM, de acordo com o Guia Dials AM/FM e o Mapa da Atualização do tudoradio.com.


A primeira migrante deste ano foi a Rádio Canoa Grande FM 90.7 de Igaraçu do Tietê. A emissora operava em 1340 AM e está localizada no interior de São Paulo, próximo a turística Barra Bonita. Trata-se de uma estação de classe C de operação.


Sucesso do Paraná


O Paraná segue como o estado com mais migrantes ativas com 83 emissoras. Esse sucesso se deve ao trabalho realizado pela Aerp junto às emissoras. Várias reuniões foram realizadas sob a coordenação do diretor técnico da Aerp, Dr. Roberto Lang e o engenheiro Elias Agustinho, além de todo o apoio da equipe interna.


Brasil


São Paulo conta com 78 emissoras dentro do processo migratório. Em dezembro passado o estado passou a contar com a Novo Tempo FM 101.3 de Caçapava, sendo mais uma migrante AM-FM no Vale do Paraíba. E antes, em novembro, emissoras em Indaiatuba, Araraquara, Mirandópolis e Pirassununga ampliaram a contagem.


Minas Gerais também conta com um número de destaque no processo de migração AM-FM na faixa convencional, com 76. O estado teve migrantes recentes em praças como Itajubá e Juiz de Fora (este é o segundo município em população no interior mineiro e ainda não tinha uma rádio originada do AM ocupando uma faixa em FM). O Rio Grande do Sul tem 56 e Santa Catarina registra 51 migrantes.


O estado que inaugurou o processo em 2016, o Ceará, conta com 36 emissoras. E há uma curiosidade: no final de dezembro a Rádio Progresso de Juazeiro do Norte, primeira estação originada no AM a iniciar suas atividades no FM através da migração, teve seu canal alterado de 97.9 FM para 105.1 FM devido a uma promoção de classe de operação.


Ano movimentado


A expectativa do setor é de que 2020 seja o ano que os mercados mais populosos do país entrem de forma efetiva no processo de migração do AM para o FM. Para isso é necessário que a faixa estendida do FM (FMe, 76.1 FM e 87.3 FM) seja liberada para acomodar as migrantes desses locais. A “banda extra” é necessária devido a grande ocupação no FM convencional em mercados como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, entre outros.


FM estendido?


O processo de migração AM-FM em faixa estendida é aguardado desde 2013 pelas emissoras AMs solicitantes. Em algumas regiões, onde era previsto o uso do FM estendido, após uma série de acordos e uso do segundo adjacente, foi possível acomodar as migrantes na faixa convencional. Porém os maiores centros seguem de fora.


Enquanto aguardam a canalização, o mercado viu a evolução da disponibilidade de receptores com o FM estendido disponível, este que foi inicialmente impulsionado por celulares com FM e rádios em automóveis. Em setembro de 2017, foi aprovada uma portaria que obriga a produção de receptores com FM estendido no Brasil.


Fonte: tudoradio.com


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