Os primeiros pacientes com o novo coronavírus chegaram nesta segunda-feira (3) ao hospital com 1.000 leitos que foi construído em 10 dias em Wuhan, cidade chinesa onde começou a epidemia.


A mídia estatal informou que eles chegaram às 10 h (horário local) ao hospital Huoshenshan, mas não foram divulgadas identidades ou estado de saúde dos pacientes, de acordo com a Associated Press.


A estrutura de 25 mil metros quadrados começou a ser construída no dia 23 de janeiro. O canteiro de obras foi ocupado por cem tratores e 7 mil trabalhadores que se revezaram em três turnos de trabalho, de acordo com a Xinhua.


Um segundo centro médico, o Leishenshan, com capacidade para 1.500 leitos, está em construção e deve ser inaugurado nos próximos dias.


Cerca de 50 milhões de pessoas estão impedidas de deixar Wuhan, que é capital da província de Hubei, e as cidades vizinhas. Até o momento, mais de 360 pessoas morreram e mais de 17 mil foram infectados em diferentes partes do mundo.


Na quinta-feira (30), em meio à crise, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional.


A ala militar do Partido Comunista, o Exército de Libertação do Povo, enviou 1,4 mil médicos, enfermeiros e outros funcionários para o novo hospital. Segundo o governo, parte desse efetivo trabalhou no combate à epidemia da síndrome respiratória aguda grave (SARS), que deixou mais de 900 mortos entre 2002 e 2003. Nessa ocasião, o governo construiu um hospital em Pequim em uma semana.




Como é possível uma construção tão rápida?


O governo chinês usa construções pré-fabricadas para abrigar as centenas de leitos. Módulo a módulo, os hospitais vão sendo montados a partir das peças que chegam das fábricas ou depósitos.


Imagens da emissora estatal chinesa CGTN mostraram dezenas de tratores nivelando o solo para receber os blocos pré-fabricados. Enquanto os primeiros módulos eram montados, operários preparavam a rede elétrica do novo local.

Fonte:G1

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