Una mattina, mi son’ svegliato, o bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao… Quem diria que a canção italiana, símbolo da resistência contra Benito Mussolini na Segunda Guerra, se tornaria popular tanto tempo depois graças a um grupo de assaltantes espanhóis? Quem estava com saudades de ouvir a gangue de macacões vermelhos cantando ‘Bella Ciao’ pode se preparar: a quarta temporada de “La Casa de Papel” estreia em 3 de abril.
A trama criada por Alex Pina sobre uma trupe de revolucionários que assalta a Casa da Moeda da Espanha foi a série mais vista pelos brasileiros em 2019 e é a mais assistida em língua estrangeira (ou seja, que não é em inglês) na história da Netflix. Na nova temporada, a personagem de Nairóbi (Alba Flores) terá um futuro incerto, já que ela foi baleada no final da série anterior. Helsinki (Darko Peric), coadjuvante até então, deve ganhar espaço.
Apesar de ter morrido, Berlim (Pedro Alonso), queridinho do público, vai voltar – mas apenas em flashbacks.
A mistura de drama e romance segue inalterada, com brigas entre os casais e novas relações amorosas. A diversidade também entrará em cena por meio de um personagem transexual.
“La Casa de Papel” foi exibida inicialmente pelo canal espanhol Antena 3, mas seu sucesso levou a Netflix a comprar os direitos. Em 2018, ganhou um Emmy Internacional na categoria Drama.
Apesar de não adiar a nova temporada, o coronavírus fez uma vítima no elenco: a atriz Itziar Ituño, que interpreta Lisboa/Raquel Murillo, testou positivo para a doença. Ela postou em redes sociais que seus sintomas são leves e que passa bem.
Alguns eventos ligados a série, porém, foram afetados. “La Casa de Papel – The Experience”, mistura de exposições e mini-parques temáticos, chegou a ter as obras iniciadas em São Paulo, Madri e Paris, mas sua inauguração foi adiadas. Tais eventos permitiriam ao público ‘se juntar’ ao grupo de assaltantes e vivenciar a trama na vida real por meio de simulações. Em São Paulo, reuniria bar temático e imersão com fantasias em um cenário parecido com o da série: o Banco de São Paulo, edifício de art-decô construído em 1935 no centro da cidade. Hoje, o imóvel abriga a Secretaria Estadual de Esportes, Lazer e Juventude.
Em Paris, a experiência aconteceria na Casa da Moeda, onde hoje funciona um museu; em Madri, no Palácio Alhajas, antiga sede de um dos bancos mais tradicionais da Europa. Segundo a organização, mais de 40 mil pessoas já se inscreveram nas três cidades eas novas datas serão anunciadas em breve.
Fonte:Felipe Machado