O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) escolheu o advogado André Luiz de Almeida Mendonça como novo ministro da Justiça e Segurança Pública e Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.
As duas nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje. Mendonça comandava a AGU (Advocacia Geral da União) antes da nomeação para a Justiça e ganhou destaque no noticiário em meados do ano passado, depois que Bolsonaro cogitou a indicação de seu nome ao STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente disse que ele se encaixava na definição "terrivelmente evangélico".
Quando foi anunciado pelo presidente para a AGU, Bolsonaro disse que Mendonça era um "advogado com ampla vivência e experiência no setor". Mendonça tem 47 anos, 20 deles como advogado da União. Mendonça substitui Sergio Moro, que pediu demissão na última sexta-feira (24) e declarou que deixava o cargo após Bolsonaro ter exonerado o diretor-geral da PF Maurício Leite Valeixo.
O ex-juiz federal acusou o presidente de interferir politicamente no órgão, o que gerou uma crise política no governo.
Nas redes sociais, Mendonça agradeceu a Bolsonaro Agradeço por confiar a ele "a missão de conduzir as políticas públicas de Justiça e Segurança do nosso país". Em meio às acusações de Moro de que o presidente quer interferir na PF, o novo ministro diz que "seu compromisso é continuar desenvolvendo o trabalho técnico que tem pautado minha vida".
No comando da AGU, Mendonça chegou a apresentar uma posição contrária à de seu antecessor no Ministério da Justiça, Sergio Moro. Ele defendeu a criação do juiz de garantias, mecanismo criticado pelo ex-ministro. Em entrevista ao UOL em outubro do ano passado, o novo ministro da Justiça disse que "agora não é hora" de criminalizar as fake news. Filhos de Bolsonaro são investigados por ligação com o compartilhamento de notícias falsas.
O substituto de Mendonça na AGU é José Levi Mello do Amaral Júnior, que até então atuava como procurador-geral da Fazenda Nacional.
Fonte:Eduardo Lucizano* Do UOL