Uma equipe de pesquisadores da UFPR Litoral (Universidade Federal do Paraná) conquistou resultados satisfatórios ao reproduzir proteínas que podem ser utilizadas para o desenvolvimento de testes imunológicos ou até uma vacina para a Covid-19.
O grupo do Laboratório de Microbiologia Molecular agora busca parceiros e especialistas na área para avançar nos estudos relacionados ao coronavírus. É necessário encontrar interessados em utilizar as proteínas para a imunização.
“Os dados indicam que as proteínas nucleocapsídio (Proteína N) e Spike (Proteína S) são altamente imunogênicas, ou seja, o corpo humano produz grandes quantidades de anticorpos contra essas proteínas durante a infecção”, explica o professor Luciano Huergo, responsável pelo laboratório.
A equipe da UFPR Litoral afirma que está aberta a parcerias neste sentido, com a ideia de colaborar para atacar o vírus causador da Covid-19 em várias frentes de atuação.
“Alguns pesquisadores demostraram interesse de, por exemplo, utilizar as proteínas que produzimos para imunizar camundongos a fim de obter anticorpos contra o novo coronavírus, com a intenção de usar como ferramenta de diagnóstico”, explica Huergo.
Para começar a pesquisa ele analisou dados da literatura e de sequências de proteínas do novo coronavírus (SARS-Cov-2) depositadas em bancos de dados públicos, e supôs que seria possível utilizar essas proteínas como base para o desenvolvimento de testes imunológicos para Covid-19, como os testes rápidos.
CORONAVÍRUS: TESTES NACIONAIS PARA COVID-19
As proteínas serão utilizadas para a próxima fase do projeto, que visa o desenvolvimento do método de diagnóstico imunológico.
O desenvolvimento de testes nacionais para Covid-19 pode reduzir o custo por teste em pelo menos cinco vezes, conforme prevê a equipe. Isso representa uma economia de cerca de 80 milhões de reais para cada milhão de pessoas.
O grupo conta com a colaboração do professor Karl Forchhammer, da Universidade de Tubingen, na Alemanha. Em conjunto com a Fundação Alexander von Humboldt, a universidade financiou a aquisição dos genes sintéticos para produção das proteínas virais.
Fonte:Paraná Portal