A decisão do Reino Unido de proibir encontros entre duas pessoas em lugares fechados, entendida como “proibição de sexo” por alguns tablóides do país, virou motivo de piada entre a população. O governo, no entanto, negou que as medidas proíbam as relações, afirmando se tratar de uma forma de proteger as pessoas.
De acordo com as alterações desta segunda-feira, ninguém pode participar de reuniões em locais fechados, seja em espaço público ou particular, entre duas ou mais pessoas. Logo, parceiros que morem em casas diferentes não podem se encontrar no lar de um deles. Por outro lado, estão permitidas reuniões ao ar livre em grupos de até seis pessoas.
"O objetivo é garantir que não haja pessoas fora de casa durante a noite", afirmou Simon Clarke, ministro da Habitação, à rádio LBC.
Perguntado se as regras estariam permitindo que os casais fizessem sexo ao ar livre, Clarke riu e disse: "É justo dizer que o risco de transmissão do coronavírus é muito menor ao ar livre do que dentro de um local fechado, mas obviamente não incentivamos as pessoas a fazerem algo relacionado a isso ao ar livre tanto neste momento como em qualquer outro".
No Twitter, a hashtag "#sexban" (proibição de sexo) foi uma das mais comentadas no Reino Unido. Alguns internautas falaram da vida pessoal "não-ortodoxa" de Johnson, enquanto outros lembraram da violação das regras de isolamento por Dominic Cummings, conselheiro do primeiro-ministro.
O político conservador Tobias Ellwood disse à rede de televisão ITV que a política adotada é absurda: "Fico feliz em dizer que isso é ridículo".
Quem infringir as regras será multado em £ 100 (em torno de R$ 667), apesar de, segundo o próprio governo, a polícia não ter permissão para entrar nas casas, a menos que haja suspeitas de uma "atividade criminosa grave".
Nas redes, alguns questionaram como a medida seria aplicada.
"Existe uma 'patrulha sexual' especial para garantir que todos cumpram essa #sexban?", disse um internauta. "Eles estarão batendo nas janelas de todos e mandando drones ou algo assim?".
Fonte: Reuters