O presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, participou, na quinta-feira (17), de encontro virtual realizado pela In Press Oficina. Batizado de Arena de Ideias, o ciclo de debates abordou o tema “Sintonia e informação: a importância e crescimento do Rádio durante a pandemia”.
Participaram também o jornalista da rádio CBN, escritor e palestrante Milton Jung, o fundador e diretor geral da Agência Radioweb, Paulo Gilvane Borges, e a sócia-diretora da In Press Oficina e especialista em gestão de crise e reputação, Patrícia Marins. A moderação foi feita pela diretora do Núcleo de Relacionamento com Poder Público da empresa, Fernanda Lambach.
Lara Resende destacou o aumento expressivo da audiência de emissoras de radiodifusão durante a pandemia. Segundo ele, além de fornecer notícias com credibilidade, as emissoras de rádio se reinventaram na forma de oferecer entretenimento. “Dentro de casa, as famílias começaram a conviver mais intimamente e passaram a debater temas atuais”, afirmou.
Na semana de comemoração das sete décadas da chegada da televisão no país, o presidente da ABERT reforçou ainda que o processo de digitalização do meio foi exemplo internacional, por conseguir atender às expectativas de empresas de grande e pequeno porte que atuam no setor.
Também participante do evento, Milton Jung expressou preocupação com o aumento de notícias falsas em circulação. “A grande diferença é que a notícia que passa por checagem tem CNPJ e CPF. Quando erramos, pagamos com nossos empregos, com a justiça, com a perda da credibilidade da empresa”, ressaltou.
Apesar da crise gerada por setores que disseminam desinformação, Jung vê o momento como oportunidade para a revalorização do jornalismo profissional. No entanto, reforçou, a qualidade do conteúdo só será mantida mediante investimento financeiro no segmento.
Sócia-diretora da agência responsável pelo encontro virtual, Patrícia Marins reforçou que o rádio se firma cada vez mais como veículo de massa por ter caráter comunitário e por promover cidadania, aproximando cidadãos de diversas camadas sociais que, em sua opinião, serão cada vez mais responsáveis por produzir conteúdo para as emissoras. “O advento da tecnologia, somado à prestação de serviço à comunidade, será explosivo. Esse é o futuro, a derivação que essa pandemia deixará como legado”, acredita.
Diretor geral da Agência Radioweb, Paulo Gilvane Borges destacou pesquisas que apontam que, durante a crise sanitária, cerca de 20% dos brasileiros passaram a ouvir mais rádio. Para ele, o meio soube aproveitar o surgimento de novas mídias e as utiliza como aliadas para amplificar seu alcance. “Mesmo que surjam novas tecnologias, o rádio encontrará uma forma de se adaptar”, ressaltou.
FONTE: ABERT