O ano de 2020 deve entrar para a história como um dos mais quentes já registrados no Paraná, segundo o Serviço de Mudança Climática Copernicus. O levantamento foi feito pelo Programa de Observação da Terra, da União Europeia, monitora o clima desde 1979.



“É quase certo que 2020 se configure como um dos anos mais quentes dos últimos 25 anos no Paraná”, afirmou o coordenador da Operação Meteorológica do Simepar, Marco Antônio Jusevicius.



O mês de setembro já entrou para a lista de um dos mais quentes do Paraná segundo a série de medição, que teve início em 1998, feita pelo Simepar. “Com exceção do Litoral, em todas as outras regiões do Estado a temperatura média ficou acima dos registros históricos”, explicou Jusevicius.


Porém, o Simepar alerta para uma “combinação explosiva” de temperaturas elevadas e o déficit hídrico de chuvas. Nos primeiros dias de outubro, a onda de calor em todo o Paraná elevou o consumo de água a níveis recordes, demandando produções acima da média dos sistemas de abastecimento público.


Em Maringá, o consumo chegou a ser 20% maior do que nos dias normais. Em Londrina, foi 17% maior, com recorde de consumo de 255 milhões de litros.


A situação é tão grave que o Paraná foi incluído no mapeamento hídrico do Monitor de Secas.  O monitor foi criado em 2014, inicialmente para atender o Nordeste, onde são mais recorrentes as secas prolongadas. Com a crise hídrica, o Paraná foi incluído no monitoramento.


O Paraná, atualmente, encontra-se em situação de seca moderada, grave e extrema, de acordo com a região. Em Curitiba e Região Metropolitana, que enfrentam crise no abastecimento de água, a classificação é de seca extrema.


Fonte: Paraná Portal

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