O planejamento, a determinação de uma equipe médica e a ajuda da tecnologia garantiram o sucesso de um parto e a saúde de uma bebê, em Curitiba.


Foi no meio da gravidez que a mãe recebeu uma notícia fora dos planos. Em uma sala de ultrassom, Aline Bueno descobriu que sua filha Antonela pesava 600 gramas, e um tumor ocupava 60% da área do pescoço dela.


Uma situação rara que colocou em risco a vida da bebê. Conforme ela se desenvolvia na barriga, o tumor também crescia e pressionava o sistema respiratório e digestivo dela.


"Esse bebê não conseguia deglutir intrautero. Quando o bebê está dentro da barriga ele precisa engolir o líquido amniótico. Se líquido aumenta demais, o útero sente como se a gestação dela estivesse chegando ao final", explicou Cláudio Gomes, médico especialista em medicina fetal.


Uma equipe médica com vários especialistas passou a acompanhar cada fase da gravidez.


Para planejar o parto, os médicos utilizaram de imagens em 3D para ter uma dimensão do tumor. A mãe recebeu anestesia geral, e os médicos conseguiram retirar a bebê.


Mas, mesmo assim, a Antonela ficou conectada com a mãe pelo cordão umbilical, por onde o bebê recebe o oxigênio, até que os médicos entubassem a recém-nascida.


"Quem falou comigo depois da cirurgia foi o doutor Cláudio, aí eu perguntei o que aconteceu, né. Aí ele falou: 'deu tudo certo, já foi, ela [bebê] já está lá na UTI', e nisso eu não sabia se eu chorava de dor ou se eu chorava de felicidade", relembrou a mãe.

Três dias depois, Antonela voltou para o centro cirúrgico mas, dessa vez, para retirar o tumor que estava no pescoço.


"Era um tumor de, aproximadamente, nove centímetros, o que seria maior do que uma laranja, em uma criancinha de 2,5 quilos. Graças a Deus e a essa equipe incrível, o tumor foi retirado completamente, e a criança saiu sem nenhuma sequela", comentou Marja Reksidler, médica especialista em cirurgia do pescoço.

Tumor benigno

Uma biópsia mostrou que o tumor era benigno. A bebê vai continuar sendo acompanhada e está saudável.


"Toca bastante porque a gente se depara com casos complicados que, às vezes, a gente não consegue intervir. E quando a gente consegue efetivamente intervir e ter êxito, esse é o motivo pelo qual a gente passou por tudo isso", concluiu Gomes.


Fonte: Rpc Curitiba

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