Após cinco anos oferecendo armazenamento gratuito e ilimitado em alta qualidade, o Google Fotos passará a cobrar pelo serviço. A partir de 1º de junho de 2021, as contas que excederem o limite de 15 GB terão de pagar pelo serviço de assinatura de armazenamento em nuvem do Google, o Google One. Mas não se preocupe: pelo menos por enquanto, todas as fotos ou vídeos enviados antes da data não farão parte do limite de 15 GB do serviço.
No Brasil, os valores começam em 6,99 reais por mês para 100 GB e podem chegar até 349,99 reais/mês, no plano com 10 TB. A empresa afirma que mesmo com a limitação, ainda oferece mais armazenamento gratuito do que os concorrentes. O iCloud da Apple, por exemplo, oferece apenas 5 GB gratuitos (divididos com backups de aplicativos para iPhones e iPads). O Google estima que 80% dos usuários do Google Fotos não vão atingir o limite de 15 GB por pelo menos três anos.
A plataforma vai enviar alertas quando o limite estiver próximo de ser atingido. Entre as novidades, também existirá uma nova ferramenta de gerenciamento de armazenamento, tornando mais fácil encontrar e excluir fotos “inúteis”, como imagens borradas e capturas de tela. No aplicativo, será exibida uma “estimativa” de quanto tempo aquele armazenamento vai durar, em vez de mostrar a estimativa em gigabytes.
Atualmente, mais de 4 trilhões de fotos estão armazenadas na plataforma, com 28 bilhões de novos arquivos sendo enviados a cada semana.
O Google também vai introduzir uma nova política de exclusão de dados de contas inativas — não conectadas a pelo menos dois anos.
Juntamente com as fotos, os arquivos do Documentos Google, como planilhas, apresentações, desenhos, formulários, entre outros, também começarão a ser contabilizados nos limites de armazenamento.
Nos smartphones, a Motorola, que pertencia ao Google antes de ser vendida para a Lenovo, utiliza o Google Fotos como a galeria de imagens padrão de seus dispositivos. Com isso, donos de produtos da marca estão um passo mais próximos da assinatura do serviços de fotos do que os usuários de dispositivos com sistema operacional Android de outras marcas, como Samsung, LG ou Xiaomi.
O Google também fez campanhas na TV para promover a instalação e uso gratuito do Fotos em smartphones para poupar espaço na memória. O aplicativo tem uma função de liberar espaço, que é um dos principais motivadores do uso por pessoas que possuem smartphones com pouco espaço na memória. Todas as fotos guardadas no app ficam disponíveis para acesso ou download tanto no site quanto no aplicativo para celulares de todas as marcas. Com a diversificação da receita, a empresa pode ficar mais protegida de flutuações no mercado de anúncios online.
Com a nova estratégia, o Google reforça seu setor de serviços, mesmo movimento observado na Apple, que lançou recentemente o serviço de assinatura Apple One, que reúne diversos produtos digitais da companhia americana conhecida pelo iPhone. Vale notar que a Alphabet, controladora do Google, teve sua primeira queda de receita da história no segundo trimestre de 2020, por causa da pandemia, que diminuiu receitas publicitárias globalmente.
Como baixar seus dados do Google Fotos
Talvez seja uma boa ideia fazer o backup de suas fotos e vídeos antes do prazo anunciado. Para isso, é preciso acessar o site Google Takeout, onde é possível fazer o download de todos os seus dados vinculados à empresa.
O caminho para baixar suas fotos é o seguinte:
Acesse o Google Takeout e clique na opção “Dados e personalização”, que fica no menu esquerdo superior da interface no desktop;Nesta página, clique em “Fazer o download dos seus dados”;Selecione apenas o Google Fotos na lista de opções e clique em “próxima etapa”;Selecione “Exportar uma vez” e aumente o tamanho do arquivo .zip para até 50 GB para receber o máximo de fotos na melhor qualidade possível; Certifique-se de que seu notebook ou computador tenham espaço o suficiente para o download e clique em “criar exportação”.Dentro de algumas horas ou dias, você receberá um aviso por Gmail de que seus dados estão disponíveis para download. Aí, basta baixar tudo para seu PC.
Fonte : Revista Exame