Júpiter e Saturno estão prestes a ficar perfeitamente alinhados na noite do dia 21 de dezembro. A última vez que eles estiveram tão próximos do ponto de vista da Terra foi há quase 800 anos, em 4 de março de 1226.
O episódio astronômico no qual os corpos celestes se alinham é chamado de conjunção. O evento que acontecerá em dezembro envolve os dois maiores gigantes gasosos em nosso sistema solar, ele ficou conhecido como a “grande conjunção”, acontecendo uma vez a cada duas décadas
Como visualizar um “planeta duplo”
Na noite do solstício de verão no Brasil, Júpiter e Saturno estarão separados por uma distância igual a um quinto do diâmetro da Lua cheia, aproximadamente, parecendo formar um “planeta duplo”.
Na realidade, os dois planetas estão muito mais distantes do que realmente parece — mais de quatro vezes a distância entre a Terra e o Sol. Mas, a olho nu, eles irão parecer um único ponto de luz brilhante.
Se você observar por um pequeno telescópio, Júpiter e Saturno estarão no mesmo campo de visão, junto com algumas de suas luas.
Caso você não consiga ver o acontecimento no dia 21, não se preocupe: a conjunção é um evento contínuo que vai do dia 17 a 25 de dezembro — sendo 21 o dia exato de alinhamento dos planetas.
Para se atentar aos pontos cardeais, o mais indicado é que você utilize uma bússola. Para usuários de iPhone, pode ser a do próprio celular. Caso você tenha Android, o site Olhar Digital recomenda o “Apenas uma bússola”, da PixelProse SARL, que é simples, gratuito e, mais importante, sem anúncios. Também recomendam o Sky Safari, da Simulation Curriculum Corp., que está disponível em versões para Android e iOS e pode ser usado gratuitamente.
Próxima conjunção será apenas em 2080
Nos últimos 2.000 anos, esse alinhamento mais visível aconteceu apenas duas vezes entre os planetas. Um deles foi em 1623 — mas o brilho do Sol tornou impossível acompanhar.
No entanto, se você perder a conjunção rara deste ano, outra irá acontecer daqui 60 anos. Em 15 de março de 2080, Júpiter e Saturno vão ficar tão próximos quanto neste ano.
Fonte: Revista Exame