Nesta segunda-feira, 21, precisamente às 7h02 (horário de Brasília), teve início o verão em todo o hemisfério sul. Até 21 de março do ano que vem, os termômetros baterão mais alto, o calor será intenso e deve haver muita chuva. É também neste período que os cuidados precisam ser redobrados no que se refere à alimentação e, especialmente, a pele.


Basicamente, o verão é caracterizado por dias mais longos e noites mais curtas. As chuvas costumam ser mais curtas, porém mais intensas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o verão de 2020/2021 terá a presença do fenômeno La Niña (termo utilizado a fim de identificar o resfriamento anômalo da temperatura da superfície do mar). A previsão para a região Sudeste, especificamente na Grande SP, é de chuvas que vão variar de normal a ligeiramente acima do normal. No Rio de Janeiro e extremo sul de Minas Gerais poderão ocorrer chuvas dentro da faixa normal que se estabelece no período.


Na região Sul, o INMET prevê a possibilidade de chuvas abaixo da média no Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sul do Paraná. Nas demais áreas, as chuvas devem variar dentro da faixa normal ou ligeiramente acima.


As regiões Norte e Nordeste também contarão com períodos de chuva acima da média, segundo o INMET. Por fim, no Centro-Oeste, a previsão para o verão indica alta probabilidade das chuvas ocorrerem de normal a ligeiramente acima — exceto no sul do Mato Grosso do Sul e localidades de Goiás, em que as chuvas serão mais próximas à média ou ligeiramente abaixo.


Atenção redobrada

Alguns cuidados básicos se fazem necessários no verão, especialmente com relação à pele e à alimentação. “A pele deve receber cuidados o ano todo, mas é no verão que ela mais sofre agressões”, explica a dermatologista Vanessa Mussupapo, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).


Como é característico desta estação dias mais longos e noites mais curtas, as pessoas relaxam com as roupas, vestindo aquelas mais leves. Além disso, expõem-se mais ao sol. “É aí que mora o perigo”, adverte a dermatologista. “Devemos proteger nossa pele diariamente hidratando e fazendo uso do Filtro solar. Não devemos nos expor ao Sol entre 9 e 15 h devido à maior incidência de radiação solar nesse horário, o uso de um filtro solar com FPS maior que 30, aplicado 30 minutos antes da exposição solar e reaplicado a cada duas horas ou antes caso mergulhe ou tenha sudorese intensa se faz obrigatório, além do uso de chapéus e óculos de sol para proteção do couro cabeludo e dos olhos. Após a exposição solar, devemos utilizar um hidratante, pois a pele acaba desidratando pelo próprio calor”, ensina Vanessa.


Prudência ao tomar sol

O brasileiro, em geral, gosta de se bronzear. Mas até que ponto uma pele pode ser bronzeada e saudável? “Uma pele saudável pode ser bronzeada, não há mal nenhum nisso, porém, tudo depende de como a pessoa conseguiu esse bronzeado”, afirma a dermatologista Vanessa.


“A pele que sempre se bronzeia, mas nunca em decorrência de uma queimadura solar, é saudável, pois seus melanócitos (células que produzem melanina) são programados pra isso. Os estímulos do sol produzem muita melanina, garantindo proteção contra as queimaduras. Já os indivíduos que se bronzeiam, mas o fazem por meio de queimaduras solares, estes podem desenvolver cânceres de pele no futuro. Isso não é saudável”, detalha.


Para quem, porém, tem a pele muito branca, o bronzeamento pode ser prejudicial. “Para aquelas pessoas branquinhas que querem ficar bronzeadas, aí vai um alerta: além de um maior risco para o câncer de pele, o envelhecimento se dá de uma maneira mais rápida, o que leva ao envelhecimento precoce, o chamado fotoenvelhecimento”, adverte a especialista. “A pele negra é a mais protegida devido à maior produção de melanina, típica desse tipo de pele, porém, pode sofrer queimaduras solares e desenvolver cânceres de pele. Por isso devem evitar o sol das 9 as 15h, e usar filtro solar com FPS acima de 30, além de reaplicá-lo a cada 2 horas”.


Muito tem sido dito a respeito da vitamina D e o auxílio que ela produz ao corpo no combate ao novo coronavírus. De acordo com a dermatologista, a exposição ao sol é importante e uma das maneiras de produzi-la no organismo. “Ela [a vitamina] é essencial para o organismo, pois aumenta os níveis de cálcio, é importante para o fortalecimento de ossos e articulações, ajuda a prevenir osteoporose, doenças cardíacas, autoimunes como artrite reumatoide, doença de Crohn, esclerose múltipla e regula a imunidade”, esclarece Vanessa.


Há, porém, regras para esta exposição solar que, de modo geral, não é recomendada pelos dermatologistas. Lembrando que este é o mês da campanha Dezembro Laranja, organizada pela SBD e que alerta para os cuidados com o câncer de pele, que este ano deve atingir quase 180 mil pessoas em todo o país.


Cuidados com o que comer

O verão também exige uma alimentação mais cuidadosa. Para começar, as altas temperaturas diminuem o apetite das pessoas, que também estão mais suscetíveis à perda de líquido. “Por isso, é essencial cuidar da alimentação e garantir uma hidratação adequada, evitando a desidratação ao longo do dia”, afirma a nutricionista funcional Cláudia Verreschi.


Quem pratica exercícios físicos também deve ser bem cauteloso no quesito hidratação. “É imprescindível garantir uma boa ingestão de água, antes, durante e após as atividades”, aconselha a nutricionista. “Escolha também um tênis que seja confortável para os pés. Se você escolher se exercitar ao ar livre, preocupe-se com o local e o horário. Use protetor solar, óculos e boné, escolha lugares como parques e praias e evite a exposição direta ao sol por períodos prolongados”, reitera.


Como opções para a ingestão de líquidos, a nutricionista cita chás, sucos naturais sem açúcar, água naturalmente gaseificada e água de coco. “As saladas cruas, legumes e frutas também pode auxiliar na hidratação do organismo”, detalha Cláudia.


Adicionar pedaços de gengibre, laranja, limão, hortelã e outras frutas para aromatizar a água também pode ser uma boa pedida, segundo a nutricionista. Por outro lado, é bom evitar refrigerantes e bebidas alcoólicas. “Os refrigerantes são contraindicados pelo alto índice de açúcar, assim como sucos industrializados. Por isso, o consumo deve ser restrito, da mesma forma que as bebidas alcoólicas”, finaliza.


Fonte: Canção Nova Notícias

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