Até 5ª feira (14.jan.2021), a Agência Norueguesa de Medicamentos investigava 23 mortes de idosos que receberam vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech. O número de mortes suspeitas aumentou para 29, de acordo com reportagem divulgada neste sábado (16.jan) pela Bloomberg. As vítimas tinham 75 anos ou mais.

Em nota divulgada na 6ª feira (15.jan), Sigurd Hortemo, médico-chefe da agência, disse que “os relatórios sugerem que reações adversas comuns às vacinas de mRNA, como febre e náusea, podem ter contribuído para um desfecho fatal em alguns pacientes frágeis”.

Ao BMJ, Hortemo disse que “pode ser coincidência, mas não temos certeza. Não há uma conexão certa entre as mortes e a vacina”.

O país começou a vacinação em 27 de dezembro e cerca de 42.000 pessoas receberam pelo menos uma dose do imunizante. Estão sendo vacinados idosos –incluindo aqueles institucionalizados e com doenças graves. A agência norueguesa ressalta que os estudos sobre a vacina  “não incluíram pacientes com doença instável ou aguda –e incluíram poucos participantes com mais de 85 anos de idade”. A nota também afirma que “400 pessoas morrem a cada semana em lares de idosos e instituições de longa permanência”. As análises de mortes suspeitas são consideradas no guia do país para a vacinação de idosos com doenças graves.

CHINA COBRA REPERCUSSÃO DA MÍDIA

O Global Times, jornal controlado pelo Partido Comunista Chinês, publicou editorial na 6ª feira (15.jun) criticando “o silêncio da mídia” sobre as mortes na Noruega:

“A grande mídia dos Estados Unidos e do Reino Unido estava obviamente minimizando suas mortes [da Noruega]. Em contraste, a grande mídia ocidental imediatamente divulgará qualquer informação desfavorável sobre as vacinas chinesas e tentará ampliar seu impacto na psicologia pública. Por exemplo, os dados [eficácia] da vacina Sinovac da China foram menores do que o esperado no Brasil e foram relatados em todos os lugares na mídia ocidental. A morte de um voluntário brasileiro que participava dos testes também se tornou um grande acontecimento na mídia ocidental. Mas ficou mais tarde provado que a morte não teve nada a ver com a vacinação, e a mídia ocidental perdeu o interesse”, declarou o periódico.

Fonte: VEja