O reino animal é mesmo fascinante. Uma explosão de cores, de diversidade, de características próprias e únicas. Assim como os seres humanos, eles também têm “personalidade”, se comportam de maneira distinta, são capazes de se adaptar às situações mais adversas. Sem eles, a vida do ser humano não seria possível.


O reino dos animais é extremamente vasto. Estima-se que existam mais de 7 milhões de espécies em todo o planeta. Embora se tenha catalogado apenas cerca de 950 mil até o momento. Por ser tão diverso, é claro que nem tudo foi descoberto a respeito dele. E conforme o tempo passa, coisas novas vão surgindo.


Em suma, existe muito o que descobrir e é isso que move diversos estudiosos. O mundo natural tem um enorme valor. Algo inestimável. Assim, toda ação da humanidade causa um grande impacto na possibilidade de preservá-lo ou destruí-lo.




Principalmente devido às atividades de caça ilegal, ou às graves alterações em seu habitat natural, algumas espécies acabam não resistindo e sucumbem ao seu cruel destino: extinção. A lista de animais ameaçados cresce a cada ano. Contudo, alguns animais acabam surpreendendo pesquisadores e conseguem sair dessa triste lista.


Um exemplo disso foi o nascimento dos primeiros filhotes de ararinha-azul. Nasceram em abril desse ano, no Brasil. Foram reproduzidos por um casal que veio entre 52 exemplares repatriados de um criatório na Alemanha, no ano passado.


Se comemorou o nascimento desse novo filhote justamente porque ele marcou um capítulo importante na tentativa de reintrodução da espécie na natureza. Afinal, a ararinha-azul foi declarada extinta em solo nacional desde 2000. Esse foi o ano em que se avistou a última ave no ambiente natural.


O desaparecimento dos animais pode ter vários fatores. No caso da ararinha-azul, a sua extinção estava relacionada ao tráfico de animais e à perda do seu habitar.


“Essa alteração pode chegar ao ponto que o ambiente já não é mais educado para a existência da espécie. Infelizmente, grande parte da perda de habitat é causada pela ação humana”, explicou Cristina Yumi, professora do Instituto de Biociências da USP.


Então, para proteger a espécie, as ararinhas-azuis foram mantidas na “Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP)”. É um cativeiro alemão que fez uma parceira com o governo brasileiro.


Agora, a repatriação desses pássaros faz parte do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-Azul, coordenado  pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio).


O nascimento desse filhote, em 2021, na Caatinga da Bahia, pode ser considerado um verdadeiro sucesso do plano. “Esse sucesso reprodutivo depende de condições nutricionais e de saúde de cada indivíduo e, no caso de algumas espécies, é necessário também que os indivíduos tenham compatibilidade”, disse Cristina.


Segundo ela, essas aves precisam ter alguma ligação afetiva. “Às vezes, a reprodução não tem sucesso porque o par não se gosta”, ressaltou. Agora, essas ararinhas-azuis devem passar por um processo de reintrodução na natureza. Isso inclui o período de quarentena para que elas façam uma adaptação e treinamento.


Fonte: Fatos Desconhecidos

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