Um grande salve para a tecnologia do nosso país! Uma brasileira desenvolveu um projeto de biotecido que vai reduzir os testes dermatológicos em animais e, até mesmo, em humanos.


Chamada de Organa Kypséli, a ideia é uma “alternativa aos testes de animais para avaliações de segurança toxicológica de cosméticos”, como explica a criadora, Solange Rodrigues, de 34 anos.


A partir de uma bioimpressora, é possível ter um tecido muito similar ao natural, mas que “mimetiza [imita] diversos tons de pele, dispensa o uso de animais em testes e reduz cobaias humanas”.


A pesquisa


A técnica recapitula o processo natural de formação de tecido por células para montar “arcabouços sintéticos” que imitam o microambiente natural do tecido.


Ela fez um vídeo explicando todo o processo e mostrando como acontece a impressão (assista abaixo)


Outras invenções


E não foi a primeira vez que Solange desenvolveu uma tecnologia favorável à saúde. Em 2019, ela criou junto com uma colega de classe um dispositivo de liberação de medicamento controlado.


A ferramenta é útil para tratar câncer de mama diretamente no tumor, “evitando os efeitos colaterais da ingestão do medicamento”, como ressalta.


Ela chegou a ir a Brasília, apresentar a ideia em um Congresso de Oncologia.


Tem também o Baby Watching que “detecta o posicionamento do recém-nascido no berço, verificando temperatura, saturação e batimentos cardíacos”, explica.


Solange pretende ainda patentear o produto que, de acordo com ela, evita morte prematura de bebês.


Planos para o futuro


Solange hoje trabalha como corretora, mas sonha em fazer doutorado em engenharia de tecidos e otimizar os projetos que já tem.


“Não é uma questão de dinheiro, é uma questão de mudar a vida de alguém com isso”, sonha.


Persistente, ela diz que todo mundo pode encontrar uma habilidade em qualquer momento da vida, independentemente de idade.


“Dificuldades você pode encontrar em qualquer momento. Mas tenha fé em você, no seu trabalho, no seu projeto e no seu potencial. Veja: eu nunca pensei que eu iria estudar na PUC, quem diria me apresentar em um congresso científico ou desenvolver um projeto assim. Dei um passo de cada vez, sempre com muita resiliência. E está dando certo”, concluiu.


Com informações de Revista Circuito

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