Tal como Robin Hood – mas capitalista – os irmãos Dabliu e Fabrício Mendes decidiram distribuir o lucro de sua loja, Mega Loja Prime, pelas ruas de Arenapólis, em Mato Grosso (distante a 258 km da capital, Cuiabá). O município, com pouco mais de 10 mil habitantes, ficou “chocado” com a carreata, que aconteceu na quarta-feira (11). 



Os irmãos e sócios anunciaram a carreata no sábado (7). Na ocasião, distribuíram notas de R$ 10, R$ 20 e R$ 50, totalizando R$ 10 mil. Os vídeos viralizaram nas redes sociais. A intenção de Fabrício era agradecer a cidade e clientes pelo sucesso de sua loja, que cresceu gradativamente em 2 anos e meio.


Quando abriu a primeira unidade da Mega Loja Prime, comércio especializado em roupas, os irmãos passaram muitas dificuldades, incluindo a pandemia da covid-19, que afetou diversos comerciantes.


“Como somos do interior, cidade pequena, a gente não tem tanto investimento como cidade grande. Então a gente precisou fechar a loja. Ficamos alguns dias fechados, com funcionário parado. Querendo ou não, a conta chega no fim do mês”, relembra do perrengue.


Entretanto, eles foram conquistando espaço e, gradativamente, aumentando as vendas e o lucro. “Com 6 meses tínhamos aberto essa pequena loja. Depois, a gente passou pra uma maior e ficamos um ano e pouco nela. Fomos muito bem recebidos pelo pessoal de Arenápolis, as coisas foram dando certo”, avalia.


Fabrício conta que o diferencial do estabelecimento é zelar pelos clientes, que segundo ele, é o “maior patrimônio” deles. Após sair do aluguel e ter o próprio ponto, decidiram dar uma estrutura de “loja de shopping” para o local. Inclusive, investiram em uma máquina de cappuccino de R$ 14 mil para os clientes.


“A gente comprou esse novo prédio em que pudemos mexer, para ser algo nosso. Pensamos muito e fizemos uma estrutura que as demais lojas de Arenápolis não tem. Máquina de cappuccino, das boas, de R$ 14 mil, banheiro para cliente, separado dos funcionários, coffee break...”, enumera.


O cuidado foi bem recebido pelos moradores, que festejaram as notas no ar. Entretanto, alguns comerciantes não ficaram satisfeitos com a atitude. Dabliu afirma que foi até mesmo ameaçado.


“Foi uma forma de a gente expressar nossa felicidade, dar um pouco de alegria com o nosso lucro para a população. Porque foi através deles que a gente cresceu, com tantos e tantos comerciantes que abrem lojas e não aguentam 4 meses, ainda mais na pandemia, né?”, disse.


Fonte: Yahoo Finanças

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