Com o verão começa a temporada de raios. O Brasil é o país com mais incidências de descargas elétricas no mundo. Só nos dois últimos anos caíram 280 milhões de raios no território nacional.


As mudanças climáticas têm influência direta, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); a previsão é que a média anual continue aumentando até o fim do século.


Um levantamento do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT, órgão do INPE), indica que a estimativa é que a média nacional passe de 70 milhões para 100 milhões de raios nas próximas décadas, devido ao clima.


O desmatamento na Amazônia, a subida da temperatura e o fenômeno La Niña se unem ao fator preponderante de que o Brasil é maior área tropical do planeta com um verão quente e úmido. A combinação é perfeita para a formação de tempestades.


Um raio é uma descarga elétrica. No verão o calor deixa o ar mais leve, permitindo as nuvens subirem rapidamente para a atmosfera, onde encontram temperaturas mais frias. Essa junção leva à formação de gotículas de gelo que se chocam dentro das nuvens, criando assim a eletricidade.


As fortes tempestades da estação podem produzir em torno de 30 raios por minuto. Os impactos são notados praticamente em todas as regiões. Embora a maioria dos casos de morte (26%) tenham sido registrados na região Sudeste.


Em média são 110 mortos e 300 feridos a cada ano no Brasil, de acordo com os dados do Departamento de Informações e Análise Epidemiológica do Ministério da Saúde e IBGE, com base no período entre 2000 e 2019 quando ocorreram 2.194 óbitos no país por culpa dos raios.


Mas, apesar dos riscos, a chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa. Em média menor do que uma chance em um milhão.


O perigo aumenta de acordo com a localização. A exposição em áreas abertas eleva o risco para uma chance em mil. Outros efeitos graves ocorrem por incêndios e quedas de energia.


Os locais mais frequentes onde houve mortes foram: áreas rurais, proximidade de redes elétricas ou hidráulicas, atividades na água (praias, rios ou piscinas), embaixo de árvores, regiões descampadas e até dentro de casa.


Os para-raios são uma garantia. O Cristo Redentor recebe seis raios em média a cada ano, pelos dados do INPE.


Fonte: CNN Brasil

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