O número de internações por herpes-zóster, que ataca quem já teve catapora, aumentou 28,2% na rede pública de saúde só nos primeiros quatro meses deste ano, no Brasil, em comparação com os mesmo período do ano passado. A boa notícia é que uma vacina, muito eficaz contra a doença, acaba de ser lançada no país.


Uma forte dor nas costas identificada como crise de hérnia de disco acometeu o advogado Ricardo Morosini. "Durante a internação, a dor era muito intensa, então atacaram aí com todos os recursos contra dor", relembra.


Apesar do tratamento, a dor não passava. Foi então que a esposa de Ricardo observou algumas manchas vermelhas na pele dele. Durante uma teleconsulta, o advogado recebeu outro diagnóstico. "A médica, numa inspeção visual, através da câmera do celular, mais o quadro de dor, ela falou 'isso é herpes-zóster", afirma.


A doença é causada pelo vírus da catapora. É uma manifestação tardia em quem teve a infecção quando criança, como explica o infectologista Jessé Alves.


A doença atinge, principalmente, as mulheres e os idosos. Mas o brasileiro agora já pode ter acesso à nova vacina, produzida com uma proteína do vírus, considerada segura e eficaz. O imunizante tem até 97% de eficácia e, por enquanto, não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Só está disponível em clínicas particulares e laboratórios. Ele é indicado para pessoas com 50 anos ou mais e para quem tem alguma doença que provoca queda da imunidade.


O uso também já foi autorizado em quem tem mais de 18 anos. O problema é o preço. A vacina custa a partir de R% 500,00 e são necessárias duas doses, num intervalo de dois meses. "E ela não precisa tomar reforço, pelo menos não é indicado um reforço após as duas doses, depois do ciclo completo da vacina", explica a supervisora de enfermagem Jussara Mazzetto.


Como Ricardo teve herpes-zóster em novembro do ano passado, vai precisar esperar até agosto para se imunizar. E ele não vê a hora. "O meu conselho ou minha recomendação é para que quem já teve catapora tome a vacina", afirma. Para ele, "se torna barato em vista do quadro de dor".


Fonte: SBT News 

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