A partir do dia primeiro de janeiro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) bane totalmente o uso de gorduras trans para fins de consumo. 


A norma, que foi aprovada em dezembro de 2019, foi dividida em três etapas para reduzir gradualmente o ingrediente e termina com a proibição dele a partir do início do próximo ano.


A medida busca proteger a saúde da população e seguir a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), como conta o Coordenador de Padrões e Regulação de Alimentos da Anvisa, Tiago Rauber.


“Essa discussão ela não é recente, a OMS ela tem uma recomendação para que todos os países do mundo diminuam o consumo de gorduras trans industriais e no Brasil não é diferente. Esse processo contou com a participação de todos os interessados de forma muito transparente e com isso as empresas já a um bom tempo sabem da necessidade de aprimorar os seus produtos e nos tempos a expectativa de que eles irão cumprir com todas as etapas previstas na recomendação brasileira", diz. 


Hoje, 49 países já contam com medidas regulatórias para restringir esse tipo de gordura nos alimentos. Entre eles estão Estados Unidos, Canadá, Chile, Argentina, África do Sul, Irã e parte da União Europeia.


Segundo Tiago Rauber, a Anvisa está produzindo um material para auxiliar os produtores a substituir as gorduras trans nos alimentos por outros ingredientes.  “A Anvisa vem trabalhando no desenvolvimento de um guia que vai auxiliar os fabricantes, principalmente os pequenos e médios fabricantes a conhecer quais são os fatores dos alimentos, que são importantes na escolha do tipo de alternativa que nós conhecemos já como viável para a utilização de substituir gorduras trans, e aí considerando todos os fatores, como processo produtivo, tipo de efeito desejado, o custo dessa produção e entre outros, "explica.


Esse material deve estar disponível a partir do primeiro semestre do ano que vem.  De acordo com a OMS, o uso de gorduras trans industriais em alimentos está associado a cerca de 160 mil mortes nas Américas, e de 500 mil mortes por ano em todo o mundo.


Fonte: Rádio Nacional

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