Com o aumento das temperaturas e a maior exposição ao sol, especialmente em praias e piscinas, o verão traz uma preocupação extra para os pais: os cuidados com a pele e a saúde das crianças. Estudos comprovam que a luz solar pode ser benéfica para os pequenos, principalmente pela síntese da vitamina D, mas lembram que em excesso o hábito pode trazer graves consequências, entre elas desidratação, queimaduras, problemas oculares e até mesmo câncer de pele, que pode se manifestar na idade adulta.


Para evitar problemas como esses, mas mantendo as programações de lazer, especialistas recomendam uma série de cuidados em relação a horários de exposição ao sol, uso de filtro solar e roupas e acessórios apropriados e consumo frequente de água. A médica pediatra e neonatologista Danielle Negri resume as principais recomendações.


“Usar o protetor solar na hora de sair de casa, para expor a criança ao sol...quando for à praia ou a algum lugar de sol, ficar embaixo da barraca... blusa com proteção UV, proteção para o sol, boné... o uso de boné também com proteção ultravioleta, contra o raio ultravioleta, e a hidratação da pele”.


A médica também explica que crianças de até seis meses não podem usar filtro solar. Por isso, devem ser expostas ao sol em horários restritos: no início da manhã ou no fim da tarde. Essa precaução também deve ser mantida para as crianças maiores. Os cuidados precisam ser tomados até mesmo em dias de pouco sol ou nublados. 


“Mesmo quando não tem sol, a criança está exposta a raios ultravioletas - em menos quantidade, com uma incidência menor, mas está. Então o fato de não ter um sol direto incidindo na pele da criança não significa que ela não possa sofrer dos efeitos ultravioletas. Então, toda criança, ao sair de casa no verão, a recomendação é que ela use protetor solar. Sempre que ela vai para uma área externa, que ela vai ficar exposta à luz do dia”.


A dermatologista pediátrica Iwyna França Vial aponta o melhor tipo de filtro solar para a pele infantil: “O filtro solar mais apropriado para a pele das crianças é o filtro solar físico. Ele vai ser colocado sob a pele da criança, ele faz uma barreira física, impedindo a penetração dos raios ultravioleta, dos raios solares”.


Iwyna lembra, também, que a infância e a adolescência são períodos que exigem muitos cuidados, por serem os de maior quantidade de dano solar recebido durante a vida. “Aproximadamente 50% de todo o dano solar que a gente tem na vida toda, ele é recebido até os 18 anos de idade. Então a exposição da criança e do adolescente ela é muito maior que a de um adulto. Então é necessário que tenha muito cuidado com essa pele”.


Outro alerta importante dos especialistas é quanto ao risco de desidratação. Eles explicam que, em caso de suspeita, a criança deve ser levada ao médico. Quando confirmada, o especialista pode recomendar, entre diversas medidas, o aumento do consumo de água, uso de soro ou hidratantes.


Fonte: Rádio Nacional 

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