O Brasil ultrapassou a marca de 3 milhões de casos prováveis de dengue em 2024. Segundo dados do Ministério da Saúde, até a madrugada desta quinta-feira (11), foram registradas 3.062.181 infecções – maior número dos últimos 20 anos. Minas Gerais continua liderando o ranking de ocorrências, com mais de 971,3 mil casos.




Em relação aos óbitos pela doença, a pasta já confirmou 1.256, enquanto outros 1.857 estão sob investigação. Este é o maior número de mortes confirmadas desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior ocorreu em 2023, com 1.094 mortes.


Até o momento, foram publicados 407 decretos municipais e 11 estaduais de emergência por causa da dengue, permitindo a adoção de medidas administrativas para conter a doença, como a aquisição de insumos e materiais. São Paulo foi o estado mais recente a decretar situação de emergência em saúde pública por dengue.


Nesta semana, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, informou que a maior parte do Brasil está em cenário menos agressivo na incidência de dengue. Ao todo, 13 estados estão em estabilidade e nove apresentam queda. Apenas Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe registram alta.


Apesar do cenário de estabilidade, ela enfatizou que o cenário é de cautela. “Este é um momento que ainda requer atenção. E precisamos que as pessoas continuem dedicando 10 minutos contra a dengue buscando possíveis focos do mosquito. Também temos a necessidade de que, naqueles municípios onde as vacinas estão disponíveis, que os responsáveis levem as crianças para se proteger”, disse Ethel.


O que é a dengue?

A dengue é uma doença febril causada pelo vírus dengue (DENV), que é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A doença costuma ter uma prevalência maior durante o verão – quando há mais períodos de chuva –, já que a água parada em galões e tonéis, por exemplo, auxilia no aumento de criadouros do mosquito.


Os principais sintomas da dengue são febre acima de 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A doença pode progredir para formas graves, associadas ao extravasamento de plasma, hemorragias ou comprometimento de órgãos, que podem evoluir para o óbito.


Como se proteger?

Substitua a água dos pratos dos vasos de planta por areia;


Deixe a caixa d'água tampada;


Mantenha as piscinas limpas;


Remova do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;


Desobstrua calhas, lajes e ralos;


Lave as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;


Guarde baldes e garrafas com a boca virada para baixo;


Use de telas nas janelas em áreas de reconhecida transmissão;


Use repelente.


Existe tratamento?

Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da doença é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Dessa forma, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:


Repouso;


Ingestão de líquidos;


Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência se houver sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;


Retorno para reavaliação clínica de acordo com orientação médica.


Fonte: SBT News

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