O Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (27), a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite, com objetivo de vacinar no mínimo 95% do público-alvo, que abrange cerca de 13 milhões de crianças menores de cinco anos.


A expectativa da campanha é reduzir o número de crianças não vacinadas e o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil, além de reforçar medidas para a erradicação da doença.


O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989 e, cinco anos depois, em 1994, recebeu a certificação de área livre de circulação do vírus. 


No entanto, no ano passado, o país foi classificado como de alto risco para a reintrodução da doença pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas.


A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não a paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.


O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, reforça a importância da vacinação contra a doença.


"Não existe tratamento pra pólio, não tem tratamento específico, e a única forma de prevenção contra a doença é através da vacinação”.


O especialista também ressalta que o Brasil precisa avançar no índice de cobertura vacinal contra a pólio.


“Precisamos avançar. Nós precisamos ter uma cobertura vacinal de 95%. Não só nas três doses iniciais, mas também nos reforços. E não temos alcançado, já há vários anos, esses índices”.


A campanha deste ano é ainda mais importante porque o país está em fase de transição para substituir as duas doses da vacina oral poliomielite, as conhecidas gotinhas, para apenas um reforço com a vacina inativada da poliomielite.


O Ministério da Saúde propôs que em 8 de junho seja realizado o dia “D” de divulgação e mobilização da campanha em todo o país. Os estados e municípios têm autonomia para definir a realização em outras datas, de acordo com as especificidades locais. A campanha nacional vai até 14 de junho.


Fonte: Rádio Nacional

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