Um morador de Chengdu, na China, foi surpreendido ao olhar para o céu no último domingo (18) e se deparar com sete sóis. A cena, que viralizou nas redes sociais e pode até parecer criação de Inteligência Artificial, pode ser explicada pela física.


O vídeo foi possível graças a dois fenômenos ópticos: a refração e a dispersão. O SBT News conversou com o professor de física Tomás Parussolo para descobrir o que aconteceu. Para entender como foi possível a "multiplicação do sol", primeiro é preciso conhecer cada um dos fenômenos que o causaram.


Na refração, acontece uma alteração da velocidade da luz a partir da mudança do ambiente em que ela é propagada. A mudança do meio (que pode ser o vácuo, a atmosfera, a água) acaba gerando características diferentes na luz, modificando – além da velocidade – o comprimento da onda e sua direção.


Um copo de vidro com água e um lápis são suficientes para exemplificar a refração. A luz do lápis passa da água para o vidro e do vidro para o ar. Ao olhar para o lápis, temos a impressão de que ele está quebrado, explica o professor, por causa da mudança na direção da luz em meios diferentes (água e ar). "Faz ele aparecer em uma posição que ele não está", diz.

Lápis parece estar quebrado graças ao fenômeno da refração | Pixabay

Já na dispersão, a luz passa por um prisma e, por mudar de direção, separa as cores que compõem a luz branca. O arco-íris é o exemplo mais famoso – e conhecido – do fenômeno.

Luz branca, ao passar por um prisma, é separada causando o fenômeno da dispersão | Freepik

Além da junção dos dois fenômenos ópticos, é possível que a quantidade de sóis tenha ficado ainda maior a partir de uma segunda refração na janela do morador que flagrou a cena, em Chengdu. A percepção de que o sol foi refletido várias vezes na atmosfera também pode ter sido auxiliada pela posição da Terra e condições climáticas favoráveis.


Veja o vídeo dos sete sóis chineses:



Fonte: SBT News / Vídeo: Rádio Bandeirantes

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