Apaixonados pelo Universo terão mais uma possibilidade de se encantar. O Cometa do Século, como ficou conhecido o corpo celeste C/2023 A3, começará a ficar visível a partir do dia 15 de setembro, no Hemisfério Sul, sem grande diferença entre as cidades brasileiras.


Para vê-lo, basta olhar na direção leste. Além disso, é preciso acordar cedo, pois o fenômeno ocorre antes do nascer do sol.


No entanto, somente perto de outubro o cometa vai atingir o brilho máximo.


Atualmente, o corpo celeste ainda está muito próximo do sol, o que dificulta a visualização, especialmente a olho nu.


O astrônomo Filipe Monteiro, do Observatório Nacional, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, explica o porquê do C/2023 A3 ser chamado de cometa do século.


“Isso é porque com base nos últimos cometas, dos últimos tempos, como o Hale-Bopp, o Halley, que foram considerados cometas do século, no caso do século passado, o cometa C/2023 A3 pode alcançar, atingir uma magnitude tão brilhante quanto estes cometas”.


Mas o especialista alerta que não é possível dar total certeza quanto ao brilho que o cometa vai atingir, apesar de toda a expectativa.


“Os cometas são difíceis de serem previstos com respeito à magnitude, quanto ao brilho que veremos nos céus, porque os cometas podem apresentar brilhos variados, conforme sua aproximação do Sol e quanto também ao seu afastamento”.


Já a astrônoma do Museu de Astronomia e Ciências Afins, Cristiane de Oliveira Costa, reforça a importância da passagem do cometa para os estudos de astrofísica.


“O estudo de cometas no geral, nos auxilia a entender um pouco mais como foi a formação do nosso sistema solar. Algo muito importante para a gente é entender como a Terra tem essa quantidade de água, como foi esse processo. E existem estudos que apontam que os cometas podem nos auxiliar a entender essa quantidade de água na Terra”.


E agora, algumas dicas para quem quiser ver o cometa: usar instrumentos como binóculos e lunetas ou aplicativos de celular, que permitem a identificação de objetos astronômicos.


Fonte: Rádio Nacional 

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